terça-feira, 4 de outubro de 2011

A ESCOLA DE DEUS

deserto_a_escola_de_DeusComo homens e mulheres que se esmeram em servir a Deus com nosso tempo, nossos recursos, e nosso conhecimento, e toda a tecnologia de que dispomos hoje, muitas vezes investimos em inúmeros cursos, diplomas e especializações com o objetivo de nos prepararmos para aquilo em que Deus já antes nos direcionou a trabalhar em Sua obra.
Mas por vezes esquecemos que a Escola de Deus não é de Teologia, não é de Missiologia, não é de Música, nem de Marketing, ou de Administração, muito menos de Filosofia. Os alunos formados por Deus não ostentam um título de Bacharel em Teologia, nem tampouco são Mestres ou Doutores em Divindade. Do curso e da aprovação em seu currículo, só duas pessoas sabem a fundo, o próprio Deus e o aluno.
Entre os homens,  seu currículo não enaltece a ninguém, nem traz nomes de escolas famosas e respeitadas, nem as credenciais que abram as portas naturais entre eles. Na verdade, a escola divina vai muito mais além das “grandes conquistas” que podemos mensurar em nossas limitadas mentes tão humanas.
A permanência na Escola de Deus não traz reconhecimento humano, pelo contrário, gera desconfortos: incompreensão, desprezo, humilhação, julgamento, tristeza, perdas e infortúnios. A permanência nesta escola custa caríssimo para quem ingressa nela. Mas não é à base do dinheiro humano, aliás, nesta escola o dinheiro humano não tem absolutamente o menor valor, e menos ainda o valem os títulos conseguidos por meio dele. A permanência nesta escola custa caro sim, mas em choro, soluços, sonhos, projetos, e tempo, às vezes muito tempo perdido. Não existem turmas com tempo pré-determinado para encerrarem, já que o aprendizado é de forma individual, e o ideal coletivo nesta escola é coisa exclusa.
A exemplo do que ocorre no serviço militar, o recrutamento é involuntário e obrigatório para esta escola. E nunca  existem pessoas disputando para alistar-se nela, nem ao menos ela tem procuras por novas turmas, e as turmas que estão lá, estão contra sua vontade, e os alunos por vezes pensam que o treinamento deles nunca chegará ao fim. Na verdade eles nem sequer sabem um do outro, é uma escola mas cada um deles imagina ser o único a estar neste processo, acreditam mesmo estar sozinhos. Para ingressar nesta escola é preciso apenas uma única prerrogativa, e ela não é da parte de homens, mas da parte do próprio Deus: é a chamada divina.
O nome desta escola também não agrada a ninguém, mas é dela que o próprio Deus tira obreiros verdadeiramente lapidados, prontos para para toda a boa obra, experimentados na dor, que não terão do que se gloriar. Esta é a Escola de Deus, ou melhor, a Escola do deserto.
E como Deus tem um deserto particular para cada filho seu.. Ele tem um tratamento peculiar para cada um de seus servos. Neste sentido as experiências contadas por quem viveu na Escola do Deserto e saiu dela para ingressar na obra de Deus são as mais diversas possíveis.
A própria Bíblia nos dá muitos exemplos de grandes homens de fé que passaram por desertos, e o exemplo deles sempre ministra fé ao coração dos alunos na Escola do Deserto.  E quando eles pensam que estão perdidos e abandonados, Seu pai sempre cria situações em que manifesta Seu cuidado e amor para com eles. Na verdade, parece utopia, mas é no abandono do deserto que o cuidado de Deus é mais intenso com cada filho seu.
Mas como todo aluno da Escola do Deserto, cada um deles tem seus momentos de fragilidade, de pessimismo, de incertezas e descrenças. Então Deus pelo seu cuidado  ministra estas coisas ao coração de seus filhos quando as dores no deserto se intensificam e eles são envoltos pelas ventanias das lutas, o julgamento dos demais e a descrença em si mesmos que os faz fechar os olhos e deixar de olhar para Aquele que lhes fez as promessas. 
É assim que se encontram os alunos na Escola de Deus, o deserto. Existem momentos em nossas vidas em que tudo parece ir exatamente para o lado oposto daquilo que esperamos em Deus. Como quem olha um frágil barquinho de papel descendo o rio correnteza abaixo, vemos nossos projetos se distanciarem cada vez mais daquilo que havíamos traçado.
Mas esta é a parte humana de enxergar que as lutas, as dificuldades, as portas fechadas, os “nãos” recebidos têm o fim de nos arruinar, de nos destruir. A parte divina é por meio destas circunstâncias e de tantas outras, lapidar dia- após-dia o nosso caráter, até que estejamos verdadeiramente aperfeiçoados e prontos para o trabalho que Deus designou para cada um de seus alunos.

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